domingo, 20 de abril de 2014

"Eu acho muito importante, independentemente de tatame, é você valorizar a família e seus amigos. Honre essas pessoas e você vai atingir seus objetivos." prof de Jiu-Jitsu III Grau Rodrigo Totti



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ENTREVISTA n. 19
Rodrigo TOTTI
Professor III Grau Jiu-Jitsu

Amigos,

Para quem é do mundo da luta sabe que alguns bairros da Cidade do Rio de Janeiro estão indissociavelmente relacionados aos mestres que mativeram ou mantem dojos locais, assim é a história do Flamengo, Botafogo, por exmeplo, conhecidos por grandes nomes tanto do Jiu-Jitsu como da Luta Livre. O famoso bairro de Copacabana não é diferente, no que se refere especificamente ao Jiu-Jitsu, lá tivemos instituídas lendárias escolas do Jiu-Jitsu Brasileiro e o entrevistado de hoje é fruto de duas dessas escolas, a Carlson e a De la Riva. Estou me referindo ao mestre Rodrigo Totti, III Grau em Jiu-Jitsu, com 20 anos de tatame, um mestre experiente e muito querido no mundo da luta. Nossa agradável conversa se deu no Leme, Copacabana, em seu novo dojô que comemora o primeiro ano de muitos que virão pela frente cheios de glória e honra. Gostei muito de conhecer o mestre Totti e espero que um dia possam fruir desta mesma satisfação. Meus agradecimentos ao mestre e seus alunos por haverem me recebido e permitido a entrevista.
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1.      SÓ CASCA !– Primeiro, agradeço por me receber aqui no seu dojo. Para quem não conhece ,  quem é ? Qual sua arte marcial? Como chegou até o Jiu-Jitsu? Houve alguma outra arte marcial antes?

2.      MESTRE TOTTI – Eu que agradeço a oportunidade de estar no SÓ CASCA! Comecei bem novo , com 9 anos fazendo taekwondo, depois, já aos 15anos, comecei no  Kickboxing e Muay Thai. Em 1991, se não me engano, começou a se falar muito no Jiu-Jitsu, né? O desafio de  Vale-Tudo entre Jiu-JItsu x Luta Livre  teve grande repercussão e foi a primeira vez que ouvi falar mesmo de Jiu-Jitsu.
 
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3.      SÓ CASCA !– Nessa época, o senhor já era aqui de Copacabana?
4.      MESTRE TOTTI – Sempre, sempre estive aqui em Copa. Na época desse desafio de Vale-Tudo, televisionado pela TV Globo, eu, com uns 14, 15, tive notícia da turma do Murilo Bustamante, Wallid contra Eugênio Tadeu, aquele conflito bateu na minha mente...
 
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5.      SÓ CASCA !– Aquilo impressionou?
6.      MESTRE TOTTI – Impressionou, com certeza. Aqueles acontecimentos ficaram guardados na minha mente. Com o decorrer do tempo,  a visibilidade do Jiu-Jitsu foi aumentando muito, inclusive no meu convívio social, porque amigos em comum começaram a praticar. Até que em 1994 ...
 
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7.      SÓ CASCA ! – Até então o senhor não fazia Jiu-Jitsu, só tinha notícia?
8.      MESTRE TOTTI – Isso. Eu já tinha feito Taekowdo e Kickboxing, mas Jiu-Jiutsu não. Em 1994, dois amigos, Mauro Chueng e Ilan Santiago, que praticavam Jiu-Jitsu, me mostraram em VHS o primeiro Ultimate Fight nos EUA, em 1993.  Botaram maior pilha para eu fazer também. Eram alunos do Kiko Veloso, da Carlson Gracie. De tanto insistirem, um dia fui na Carlson Gracie para assistir e já comecei a treinar. Os treinos eram terças e quinta à tarde.
 
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9.      SÓ CASCA ! – Então sua primeira escola foi a Carlson Gracie? 
10. MESTRE TOTTI – Sim, com o professor Kiko Veloso. Comecei e gostei.
11. SÓ CASCA !– Tinha quantos anos?
12. MESTRE TOTTI – Dezoito anos. Tarde né? Hoje em dia, vejo a molecada começando com 4, 5, 6 anos de idade...
 
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13. SÓ CASCA ! – Dando voadora e tudo...
14. MESTRE TOTTI – É... Em 94 ou 95, o Kiko começou a dar aulas próximo a minha casa na academia do Murilo Bustamante. Na época, era na Rua Francisco Sá, em cima do Banco do Brasil, às segundas, quartas e sextas pela manhã. Preferi ir para lá porque treinava mais vezes por semana. No lugar de duas vezes, passei para três. O tempo foi passando, eu cada vez entusiasmado no Jiu-Jitsu. Queria treinar todo dia e aí fui para o De la Riva, em 1997, já como faixa azul. Lá, os treinos eram todos os dias. Em 2004, ganhei a faixa preta e fiquei no De la Riva até 2007. Até antes de ganhar a faixa preta, eu já dava aulas particulares na De la Riva mesmo.
 
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15. SÓ CASCA !– Daí o senhor decidiu ter a sua própria academia, com sua própria bandeira, como foi isso?
16. MESTRE TOTTI – A partir de 2007, eu passei a treinar bastante na academia do Carlson Gracie. Voltei para o Carlson, no horário de um grande amigo, o Alan Moraes. Nessa época, fui morar em um prédio que tinha um tatame, numa área comum do condomínio. Fiz uma pequena reforma, melhorias e comecei a dar aulas particulares. Ao mesmo tempo, continuava com meus treinos no Carlson com o Alan Moraes. Em determinada época, resolvi abrir uma turma coletiva. O negócio foi crescendo e o local no prédio não comportou mais. Ficou muito cheio e também havia limitações, pois eu só tinha um horário. Surgiu oportunidade e vim para cá (Clube Copa Leme, Ladeira do Barro, Leme – Copacaban). Estou aqui há quase um ano, mês que vem (abril) faz um ano e a turma está crescendo devagar e sempre.
 
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17. SÓ CASCA !– Paralelamente a isso, o senhor estudava, trabalhava, como era?
18. MESTRE TOTTI – Entrei na faculdade de Educação Física da Estácio de Sá em 1996. Antes disso, trabalhei como vendedor em shopping.
 
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19. SÓ CASCA ! -O senhor chegou a competir?
20. MESTRE TOTTI – Competi bastante no Jiu-Jitsu, na faixa azul. Depois, já de preta, lutei varias competições em 2006, sendo campeão dos rankings da Federação do Estado do Rio de Janeiro e da LERJJI. Em 2002, quando eu era faixa marrom, voltei a treinar boxe com o Cláudio Nano, e Muay Thai com Mestre Arthur Mariano, participando de algumas competições de Muay Thai pela equipe Champions Factory, além da experiência no MMA, em  2004.
 
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21. SÓ CASCA ! – Como foi essa experiência?
22. MESTRE TOTTI – Foi excelente. Mas parei por causa de  muitas lesões que tive, por isso fui dar  aulas.
 
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23. SÓ CASCA ! – A gente observa que existe uma moda entre as lutas. O Judô talvez seja entre todas o mais constante, mas já tivemos a moda do próprio Jiu-Jitsu. O que  senhor acha que a moda agora é o Muai Thay?
24. MESTRE TOTTI – O atleta de MMA tem que ter uma boa noção da luta em pé. Quem quer lutar MMA,  tem que saber o básico da trocação, pelo menos. Realmente houve um crescimento do Muai Thay, mas o jiu-jitsu vem crescendo muito novamente. Trabalho em competições de Jiu-Jitsu como árbitro. As competições estão muito cheias. Todo final de semana tem campeonato de jiu-jitsu aqui no Rio de Janeiro, com média de 1.200 a 1.800 atletas. Competições da Confederação Brasileira de JIu-JItsu (CBJJ), como o Brasileiro de Jiu-Jitsu e competições da Internatiomal Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), como o Mundial, Pan-Americano e Europeu de Jiu-JItsu chegam a ter  3.000 mil atletas inscritos, enfim o Jiu-Jitsu está muito forte também. A parte do ensino para crianças está crescendo muito. Apesar do crescimento do Boxe e do Muay Thai, eu acho que houve também um “boom” geral para todas as artes marciais, mas o Jiu-Jitsu cresce a largos passos pelo mundo.
 
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25. SÓ CASCA !– O senhor acabou de mencionar os torneios de Jiu-Jitsu. Você também é muito conhecido por sua participação nestes eventos como árbitro. Quais são essas organizações onde costuma arbitrar?
26. MESTRE TOTTI – Existem várias organizações no Rio de Janeiro e no Brasil. Estou na Federação de Jiu-Jitsu do Rio de Janeiro, na Federação Desportiva do Rio de Janeiro,  na Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu e na IBJJF.
 
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27. SÓ CASCA !– A arbitragem hoje é boa? Entrevistando algumas pessoas que competiam no passado, quando começava a se organizar no Brasil estes torneios, havia muita reclamação sobre a arbitragem. Alguns disseram que os árbitros costumavam ser “pro-Gracie”, por exemplo, pendiam para determinadas bandeiras. Como é isso hoje? Existe imparcialidade, conhecimento efetivamente técnico na arbitragem?
28. MESTRE TOTTI – As coisas estão bem diferentes hoje. A arbitragem se profissionalizou. A credibilidade da arbitragem foi fundamental para alavancar esses torneios.
 
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29. SÓ CASCA ! – Explique para quem está lendo o blog e não sabe como funciona para a pessoa para ser árbitro nesses torneios. Tem que ser faixa preta? Tem que fazer um curso?
30. MESTRE TOTTI – Tem que ser faixa preta e fazer o curso na Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. Depois de aprovado no curso,  começa o estágio nas competições para ver se você realmente está qualificado para prosseguir. 
 
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31. SÓ CASCA ! – O senhor estava se referindo às crianças. Existe o questionamento do Jiu-Jitsu para crianças, isso é uma lenda ou não tem nada haver? Afirma-se que o ideal para crianças é o Judô e não o Jiu-Jitsu porque há muitas torções? O senhor acredita nisso?
32. MESTRE TOTTI – Não. Isso vai depender muito da qualificação do professor. Ele tem que ter uma atenção especial com as crianças, ficar muito atento. Conhecer as regras do Jiu-Jitsu. Para crianças, muitos golpes não são válidos, principalmente tomando muito cuidado com a espinha dorsal de um modo geral. São muitos golpes que não são permitidos para as categorias mirim, infantil, com o intuito de preservar a integridade dos atletas desta faixa etária... Acho que o professor tem que ser qualificado. Saber mostrar para as crianças o que elas podem fazer. Estar sempre atento nos combates dentro da academia. A luta de Jiu-Jitsu começa em pé, como o Judô. Nessa iniciação há bastante ênfase nas quedas, imobilizações. Conforme há o amadurecimento da criança, ensina-se  golpes como americana, arm lock e estrangulamentos, desde que o professor acompanhe e veja  que a criança tem desenvolvimento, amadurecimento para estar fazendo esses golpes.
 
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33. SÓ CASCA !– Então depende mais do professor...
34. MESTRE TOTTI – Eu acredito que quando se coloca uma criança para fazer Jiu-Jitsu, é preciso estar bem ciente da qualificação do professor, Além disso, assistir as aulas, verificar se ele é realmente diplomado. Isso é muito importantes no trato com as crianças. A criança é um aluno muito especial.
 
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35. SÓ CASCA ! – O que os pais devem fazer para saber se um professor é qualificado?
36. MESTRE TOTTI – Basta entrar no site da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. Lá há o registro de quem são os faixas pretas diplomados. Para ser diplomado, o professor passou por  uma prova, fez curso de primeiros socorros, coisas básicas. Ele comprovou para a Confederação que realmente é um faixa preta. Infelizmente, hoje em dia, com o crescimento do esporte, você vê pessoas que não tem essa qualificação. Então é perigoso colocar uma criança, até um adulto, para  treinar com uma pessoa sem essas qualificações.
 
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37. SÓ CASCA !– O senhor dá muita importância a etiqueta, a disciplina? Como é o treino aqui? Como é o protocolo na Totti Team? 
38. MESTRE TOTTI – Não sigo uma linha muito rígida... É uma aula bem descontraída. O aluno participa da aula, conversa, tudo no aquecimento. Na hora do treino, a coisa é mais séria, quando está acontecendo o rola, as coisas são sérias. Mas é um clima bem camarada, amigo. Não sou um professor “estilo militar”, digamos assim... Procuro deixar os alunos bem à vontade, interagir bastante, um clima de amizade e, logicamente, com muito  respeito a todos.

  
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39. SÓ CASCA !– O senhor é conhecido como guardeiro, passador, como é?
40. MESTRE TOTTI – Eu gosto bastante de atacar chave de pé. É especialidade da casa.
 
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41. SÓ CASCA !– Já conversei com alguns mestres, das antigas, como o grande mestre Manimal, por exemplo, aqui no SÓ CASCA! e ele tem uma opinião irreverente e ao que me parece talvez seja a opinião da velha guarda do jiu-jitsu (não sei realmente se estou engando), sobre essas posições novas que surgem, tipo, “berimbolo”, “fifity-fifity”, por exemplo. Segundo ele, essas posições são inventadas por aqueles que não conseguem “ser Gracie”. Enfim, o que esta colocação expressa é que tecnicamente o Jiu-jitsu já está pronto, não cabe mais avanços, retificações. O que o senhor acha dessas posições? Elas representam uma evolução no Jiu-Jitsu?
42. MESTRE TOTTI – É um assunto bastante complexo, polêmico. Penso que temos que estar ligados nas mudanças. A garotada nas competições está usando muito essas posições. Eles têm vencido torneios usando estas técnicas. Agora, se a pessoa acha que não é eficiente, simplesmente vai lá e mata a posição do cara... Acho que a galera tem que estar sempre atenta a tudo que aparecer de novo. São posições válidas. Minha crítica maior não é se o cara faz “berimbolo” ou “fifity fifity”, porque são muito bem feitas por alguns atletas, mas quando dois caras ficam na guarda e ninguém quer subir para lutar. Isso torna a luta realmente muito feia e para o público que não conhece a arte marcial não vai nem saber o que está acontecendo.
 
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43. SÓ CASCA ! – Então tocando neste assunto ocorreu-me outro: a vantagem. É justo alguém ganhar uma luta por vantagem? A vitória por vantagem não desvirtua uma arte marcial como o Jiu-Jitsu? Essa regra tem que mudar?
44. MESTRE TOTTI – Não. Eu sou a favor da vantagem sim. Numa luta muito dura, em uma competição que o atleta faz 5 ou 6 lutas, não tem como lutar até finalizar como os Gracies preferem. Não tem como fazer um evento sem a vitória por vantagem. Acredito que a essência do Jiu-Jitsu é a busca pela finalização, mas não vejo como se fazer uma competição com um grande número de atletas na mesma categoria e eles terem que lutar até a finalização.  Vamos supor que na primeira luta do atleta A ele leve uma hora para finalizar o atleta B, na fase seguinte (minutos após o término da primeira luta), o atleta A vai enfrentar o atleta C que venceu sua primeira luta em menos de 1 minuto, pois seu adversário era muito mais fraco. Isso é justo? Sem falar que se cada uma das lutas levar uma hora e for um torneio com mais de mil atletas? Quantos dias vai durar esse torneio?
 
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45. SÓ CASCA !– Então o senhor está me dizendo que não tem nada haver com desvirtuar o Jiu-jitsu, mas sim uma questão prática para administrar o tempo geral do evento  e permitir que o torneio exponha os atletas as mesmas condições de disputa?
46. MESTRE TOTTI – Exato, é uma questão prática. O torneio tem que ter um tempo de luta e ter um vitorioso. Uma vantagem muitas vezes vai definir o resultado. 
 
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47. SÓ CASCA !– No seu tempo de convivência no mundo da luta, já são uns 20 anos, desde 1994, não é? Quem é a pessoa que o senhor citaria como alguém importante, uma pessoa que merece ser lembrada, um exemplo e por que razão?
48. MESTRE TOTTI – O Ricardo de la Riva. Ele me graduou como faixa preta. Trenei com ele por mais de dez anos. Um grande professor, um exemplo. Tenho que também reconhecer o Kiko Veloso, que me ensinou bastante coisa. Hoje eu aprendo muito com meus alunos, e com a galera que treina comigo, como Marcelo Playmobil, Gustavo Granha. Na parte da arbitragem não posso deixar de citar o mestre Álvaro Mansor, diretor de arbitragem da CBJJ e IBJJF. É uma pessoa muito importante, que fez bastante pela evolução e modernização das regras do Jiu-Jitsu de competição. Ele profissionalizou a arbitragem de Jiu-Jitsu no mundo, e me ensinou tudo sobre a arbitragem. Tem também o  Muzio de Angelis, o diretor de arbitragem da Federação do Rio de Janeiro, Mauricio Russo, Alan Moraes e Alvaro Bobadilla, companheiros de arbitragem que sempre estiveram solícitos para me apoiar e esclarecer quaisquer dúvidas. São exemplos.
 
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49. SÓ CASCA !– Entre os seus alunos quem é hoje aquele que destacaria?
50. MESTRE TOTTI – Temos o Gustavo Granha, faixa preta. Nos últimos três anos, ele ganhou o Brasileiro (2011, 2012) e  foi vice-campeão (2013). Ele é faixa preta master II, peso médio. Eventos aqui no Rio de Janeiro ele tem ganho a maioria. O aproveitamento dele nas competições é excelente.
51. SÓ CASCA !– Hoje em dia o senhor acha que deveria haver mais incentivo para o Jiu-Jitsu amador, já que não temos um profissional?
52. MESTRE TOTTI – As coisas estão melhorando. Hoje temos eventos como a Copa Pódio, um grande evento, com premiações em dinheiro.
 
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53. SÓ CASCA !– Mas é só para faixa preta, não é?
54. MESTRE TOTTI – Preta e marrom. Agora estão entrando com um novo modelo, no qual os faixas roxas vão participar. Se eles se destacarem,  vão acertar um contrato com o evento, permitindo que, ao alcançarem a faixa marrom, possam entrar na disputa. Mas, desde faixa roxa terão o contrato garantido. É interessante. Esse formato está vindo melhorar a situação. Eventos da Confederação e  IBJJF não têm premiação em dinheiro, mas dão uma vitrine muito grande. Os principais atletas conseguem bons patrocínios, conseguem muitos seminários. Através deste destaque, conseguem fazer sua vida, viver bem do Jiu-jitsu. Entretanto, não é para todos, é um grupo seleto de atletas.
 
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55. SÓ CASCA !– Pergunta obrigatória feita a todos os entrevistados. Nas artes marciais estamos sempre diante de desafios, assim como na vida, fora dos tatames. Com base na sua experiência de vida (e de luta), o que fazer diante de um desafio, para ser um “casca”, o que a pessoa precisa?
56. MESTRE TOTTI – Eu acho muito importante, independentemente de tatame, é você valorizar a  família e seus amigos. Honre essas pessoas e você vai atingir seus objetivos. Caminhando sempre na linha reta, com perseverança, acreditando no seu objetivo de forma digna, leal. Assim você vai ser um “casca”.
57. SÓ CASCA !– Como fazer para treinar um bom Jiu-Jitsu com uma galera descontraída, um professor qualificado como o senhor? Aonde, qual horário, para onde ligar?
58. MESTRE TOTTI – Estou no Clube Copa Leme, 3° andar, Ladeira do Barroso, n.1, Leme, Copacabana. As aulas para adultos são diárias, de 2ª a 6ª feira, das 16:30 às 18:00 horas e das 19:00 até as 20:30 horas,turma infantil toda 2ª e 4ª das 18:15 ás 19:00.  Telefone é (21) 96417-5807.

Um comentário:

João Apache disse...

Esse cara é gente muito boa, muito respeitado e competente . Fica aqui um abraço do Apache a vc amigo Toti .Osss